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Megaoperação mira empresa do ramo de combustível por suspeita de fraude bilionária

Autoridades identificaram uma rede complexa de blindagem patrimonial que envolvia holdings, offshores e fundos.

Redação
27/11/2025


Uma megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (27) cumpre 126 mandados de busca e apreensão em seis estados - BA, DF, MA, MG, SP e RJ - para investigar um esquema de sonegação que teria causado prejuízo de R$ 26 bilhões ao Estado, envolvendo o Grupo Fit, um dos maiores do setor de combustíveis.

Coordenada pelo CIRA/SP e pela Receita Federal, a ação contou com mais de 621 agentes de diversas instituições. O grupo é apontado como o maior devedor contumaz do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do país e teria movimentado mais de R$ 70 bilhões em um ano usando empresas de fachada, fundos de investimento e offshores para esconder lucros e dificultar o rastreamento financeiro.

As investigações indicam que empresas ligadas ao grupo simulavam operações interestaduais e utilizavam sócios ocultos para evitar o pagamento de impostos. Mesmo com restrições impostas pelo Estado, novos mecanismos de fraude eram criados para sustentar o esquema.

O grupo já havia sido alvo de outra ação recente, que apreendeu quatro navios com 180 milhões de litros de combustíveis. A ANP também interditou uma refinaria após identificar possíveis adulterações no produto.

As autoridades identificaram uma rede complexa de blindagem patrimonial que envolvia holdings, offshores e fundos. Foram decretados bloqueios de bens que somam mais de R$ 10 bilhões nas esferas cível e criminal.

A operação recebeu o nome Poço de Lobato, em referência ao primeiro poço de petróleo descoberto no Brasil, em 1939.
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