Ministro das Comunicações de Lula é indiciado pela PF sob suspeita de desvio de emendas no Maranhão

Juscelino Filho foi indiciado pela suspeita dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Terra
12/06/2024


A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), em um inquérito que apura suspeitas de desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire, município localizado no interior do Maranhão. A prefeita da cidade é Luanna Rezende, irmã de Juscelino, que foi temporariamente afastada do cargo no ano passado. Ela retomou o mandato após decisão do ministro Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF concluiu que o ministro das Comunicações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integra uma organização criminosa e cometeu o crime de corrupção passiva relacionado a desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.

O ministro foi formalmente indiciado sob suspeita de participação nos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O processo em andamento no STF estava sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, mas foi transferido para a ministra Rosa Weber em setembro do ano passado. Com a aposentadoria de Rosa, a relatoria passou para o ministro Flávio Dino, que foi adversário político de Juscelino no Maranhão. Antes de assumir o cargo na Corte, Dino havia mencionado a algumas pessoas próximas que poderia se declarar impedido de julgar o caso.

Em nota durante a operação da PF que investigava o caso no ano passado, o Ministério das Comunicações declarou que Juscelino é "alvo de uma acusação infundada" e é "o principal interessado na elucidação deste caso".

 "Sua conduta sempre foi pautada pela ética, responsabilidade social e utilização adequada dos recursos públicos para melhorar as condições de vida da população mais pobre", diz o texto enviado pela pasta.

Polêmicas

Os escândalos envolvendo o nome de Juscelino Filho impactaram o governo Lula e dividiram aliados. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu o afastamento de Juscelino, o que levou a críticas dos líderes do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e no Senado, Efraim Filho (PB). Já o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, porém, afirmou que Juscelino deve ter espaço para se defender.
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