Dengue matou mais que Covid-19 em 2024

O mosquito Aedes aegypti causou 6.041 mortes, enquanto o coronavírus vitimou 5.959 pessoas no ano passado.

UOL
11/01/2025


O número de mortos por dengue superou o de óbitos por Covid-19 em 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O mosquito Aedes aegypti causou 6.041 mortes, enquanto o coronavírus vitimou 5.959 pessoas no ano passado.

Dengue sobe, Covid cai

Mortes causadas por dengue, inclusive, aumentaram mais de 400% em um ano - em 2023, os óbitos somavam 1.179. Há ainda 875 casos de morte em investigação.

Já os índices de Covid-19 vêm diminuindo desde 2022. Em 2023, por exemplo, o número era superior ao de 2024, com 14.785, uma redução de 60% dos casos de morte. Os dados são do Ministério da Saúde.

Aumento da dengue pode ter relação com as mudanças climáticas. É o que afirma o plano de ação do governo federal para a redução da dengue e de outras arboviroses. O mesmo já foi dito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em visita ao país em 2024. Ele disse que elevação das temperaturas globais vem contribuindo para o crescimento do número de casos de dengue no país e no mundo.

Além disso, no verão, os casos de dengue tendem a aumentar. Isso acontece devido à alta incidência de chuvas na maior parte do país. O acúmulo de água faz com que a proliferação do mosquito se intensifique. Somado ao calor intenso, o ambiente fica ainda mais propício para que os ovos colocados pelas fêmeas deem origem a milhares de novos mosquitos.

Como se proteger de cada doença?

Dengue

Na rede privada, há duas opções de vacinas contra a dengue: o imunizante da Sanofi e o da japonesa Takeda, ambos aprovados pela Anvisa. O primeiro (em três doses) só é recomendado para quem já teve a doença e tem idade entre 9 a 45 anos. Já o segundo é mais amplo: pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos de idade -independentemente de o indivíduo ter tido a doença antes ou não - e são necessárias apenas duas doses.

Preço da vacina dose única fica entre R$ 350 e R$ 490, em média. Valor muda de acordo com o laboratório, clínica ou farmácia. Portanto, esquema vacinal completo (2 doses) fica entre R$ 700 e R$ 980.

Outras formas de prevenção incluem repelentes e roupas compridas que cubram braços, mãos e pernas. Também é essencial evitar a formação de pequenos reservatórios de água parada, como vasos de flores, barris de chuva ou pneus de carros.

Covid-19

A melhor forma de se proteger da doença é estar com o esquema vacinal em dia. Para quem já fez isso nas campanhas anteriores, não há indicação de novas doses de reforço do imunizante até o momento.

Vacina é de rotina apenas para grupo específico. Entram na lista idosos acima de 60 anos, crianças menores de cinco anos e gestantes/puérperas, segundo informe do Ministério da Saúde. As doses e os intervalos para cada um podem variar, segundo Ana Karolina Marinho, membro do Departamento Científico de Imunizações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Entenda abaixo:

• Crianças menos de 5 anos : é anual, de duas ou três doses;

• Idosos acima de 60 anos : anual, uma dose a cada seis meses;

• Gestantes/puérperas : uma dose a cada gravidez;

Pessoas imunossuprimidas devem tomar uma dose da vacina a cada seis meses. "Elas vão receber o imunizante que estiverem disponíveis, independentemente do calendário de vacinação. Essa é a recomendação vigente para 2025", explica Marinho.

Há ainda o grupo prioritário, que deve receber uma dose anual do imunizante. Vacinação especial vale para pessoas acima de cinco anos dos seguintes grupos: pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; indígenas vivendo em terra indígena; ribeirinhos; trabalhadores da saúde; quilombolas; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade e adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas.

Em 2022, a vacina foi comprada por algumas clínicas privadas. No entanto, a reportagem não encontrou o imunizante disponível nos principais laboratórios do país atualmente. Na época, não havia indicação para "reforçar a imunidade" e, assim como acontece no SUS, via Programa Nacional de Imunização (PNI), as clínicas deveriam seguir as indicações do Ministério da Saúde.

Sintomas de dengue e Covid

Dengue

• Manchas vermelhas parecidas com alergia
Dor no corpo

• Mialgia (dor muscular)

• Fadiga

• Dor de cabeça

• Dor no fundo dos olhos

• Febre (maior que 38,5°C)

• Perda de apetite

• Dor abdominal

Covid-19

Mais comuns:

• Febre ou calafrio

• Tosse seca

• Fadiga

Sintomas menos comuns:

• Perda de paladar ou olfato, chamadas de ageusia e anosmia

• Congestão nasal

• Conjuntivite

• Dor de garganta

• Dor de cabeça

• Dores musculares ou articulares

• Diferentes tipos de erupções cutâneas

• Náusea ou vômito

• Diarréia 

• Calafrios ou tonturas

Sintomas da Covid-19 grave:

• Falta de ar

• Perda de apetite (hiporexia)

• Confusão

• Dor persistente ou pressão no peito

• Alta temperatura (acima de 38°C)
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