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Ministério da Saúde e Governo do Estado alinham ações para eliminar raiva humana

A transmissão da doença ocorre, principalmente, por mordidas de animais contaminados, como cães e morcegos.

Secom
05/06/2025


Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e do Ministério da Saúde concluíram, nessa quarta-feira (4), uma série de reuniões iniciadas em São Luís, para definir estratégias de eliminação da raiva humana transmitida por cães.

A programação ocorreu no Edifício Almere, onde funciona a Secretaria Adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, e teve como foco a avaliação das ações já desenvolvidas, o planejamento para 2025 e a organização das medidas para o período pós-validação, quando o estado poderá ser reconhecido como área livre da doença.

O encontro faz parte do esforço nacional de construção do dossiê que será submetido à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de certificar o Brasil como livre da transmissão da raiva humana por variantes caninas.

O diretor do Lacen/IOC-MA, Lídio Gonçalves Neto, que coordenou a reunião, destacou a importância da cooperação entre os entes federativos. "Esse diálogo com o Ministério da Saúde e os municípios é essencial para alinhar estratégias, identificar fragilidades e fortalecer os avanços que já temos rumo à eliminação da raiva até 2026", reforçou o diretor.

Segundo o coordenador-geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde, Edilson Ferreira Júlio, o Maranhão tem papel central no processo de certificação. "O país está há 10 anos sem casos humanos provocados por variantes caninas, mas o Maranhão já registrou episódios no passado. Precisamos garantir que as ações de vigilância e cobertura vacinal continuem firmes, inclusive após a certificação", pontuou o coordenador.

Entre os compromissos discutidos, estão a ampliação das campanhas de vacinação antirrábica em todos os municípios do estado ainda em 2025 e a realização de um seminário conjunto para capacitar profissionais de saúde sobre vigilância, cobertura vacinal e prevenção da doença.

Com taxa de letalidade próxima de 100%, a raiva continua sendo uma infecção grave. A transmissão ocorre, principalmente, por mordidas de animais contaminados, como cães e morcegos. Por isso, manter a imunização em alta e a vigilância constante é fundamental para evitar a reintrodução do vírus.
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